
Final do campeonato de futebol americano terá disputa de atletas evangélicos
Deus se interessa por esportes? Quase 30% das pessoas acreditam que sim
Este domingo ocorreu nos Estados Unidos a final do
campeonato de futebol americano, o famoso Super Bowl. É o vento
esportivo mais visto do ano e cerca da metade (48%) da população dos EUA
diz acompanhar o campeonato. Mas será que Deus se interessa por
esportes?
Segundo o Instituto de Pesquisa Public Religion, 27% dos americanos
acreditam que Deus tem interesse no resultado do Super Bowl. Além disso,
53% crê que Deus recompensa os atletas fieis a Ele. Entre os
evangélicos, 40% acreditam na influência de Deus sobre o placar final e
29% dos católicos pensam o mesmo.
Este ano, a final do SuperBowl XLVII foi entre as equipes 49ers, de
San Francisco (Califórnia), e os Ravens, de Baltimore (Maryland). As
duas equipes tem atletas conhecidos pelo seu testemunho cristão, o que
tornou o jogo especialmente interessante para o público religioso.
O quarterback do 49ers Colin Kaepernick é uma jovem estrela do
futebol. Está sendo chamado de “o novo Tim Tebow”, por causa de suas
manifestações públicas de fé dentro e fora de campo.
Sua história de vida é marcada por vitórias pessoais. Ele foi
abandoando logo após o nascimento e adotado por um casal cristão, Rick e
Teresa Kaepernick. A mídia o tem chamado de “o filho adotivo de Deus”.
Aos 25 anos de idade ele chega à sua primeira final de campeonato. Esta é
a sua segunda temporada no futebol profissional.
Durante as entrevistas na semana passada, Kaepernick afirmou que
“Deus tem tudo sob seu controle”, mas não acredita que “Ele faz parte de
uma equipe ou outra, mas creio que está preocupado em garantir que
todos os seres humanos tenham uma oportunidade de salvação, e que Ele
tem um plano para de cada pessoa”. E completou “[Deus] sempre me deus
apoio. Minha fé sempre me ajuda a manter meus pés no chão e a ser
sábio”, disse ele durante a coletiva de imprensa.
O jogador tem tatuado o Salmo 18:39 em seu ombro: “Adestra as minhas
mãos para a peleja”, e outros em várias partes do corpo. “Ainda que um
exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se
declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante”, diz o Salmo
27:3 tatuado em seu braço esquerdo.
Surpreendentemente, seu objetivo principal na vida, segundo ele, não é
ficar rico e famoso com o esporte. ”Eu não acho que a maioria das
pessoas vê os jogadores de futebol como um trabalho que pode levar as
pessoas mais para perto de Deus. Muitas pessoas pensam que só querem
ganhar. Esse é o meu objetivo, eu quero vencer, mas eu também gostaria
que através da minha vida elas possam ver Jesus “.
Do outro lado do campo, defendendo o Ravens, estava Ray Lewis, 37,
que fez sua despedida da carreira. E ele se aposentou com mais um troféu
de Superbowl.
Sua trajetória profissional foi marcada pelo recomeço. Criado em um
lar cristão, aos 9 anos de idade já era “diácono júnior” em sua igreja.
Mas ao conquistar a fama ele se afastou da igreja. Mas em 2000, quando
foi acusado de assassinato, após uma briga de bar onde duas pessoas
morreram, acabou ficando 15 dias na cadeia. No final do processo foi
sentenciado a um ano de prisão preventiva, pois sua culpa não foi
provada. Lewis cumpriu pena por “obstrução da justiça”, mas sua
carreira quase acabou.
Pouco tempo depois ele estava de volta à igreja, testemunhando que
“Deus fez algo em minha vida para todos os que me odeiam, todos os
inimigos, todas as pessoas que disseram que eu jamais voltaria a andar
ou jogar novamente vissem”. No ano seguinte ele venceu um Superbowl
com o Ravens e foi escolhido o melhor jogador da final de 2001.
Até hoje ele usa óleo para ungir a si mesmo e seus companheiros de
time e seu pastor Jamal Bryant, acredita que o jogador também é um
“pregador ungido”. Este ano ele foi acusado, juntamente com outros
jogadores, de ter usado um remédio para melhorar a performance, mas que
não apareceria nos exames antidoping. Ao ser perguntado pelos
repórteres, respondeu enfaticamente “Isso é uma tentativa do diabo de me
derrubar”.
E finalizou: “Minha mãe me ensinou a colocar toda a minha fé em Deus.
“Eu realmente acredito que impacto e sucesso são duas coisas
diferentes. Qualquer um pode ter sucesso. Causar impacto é algo
totalmente diferente. Você fala sobre andar com Jesus, então sua vida
precisa causar impacto. É nisso que a minha vida se baseia”.
No início deste mês, após vencer as semifinais contra o Indiana
Colts, teve um momento memorável. Era sua despedida do estádio dos
Ravens. Ele deu uma volta olímpica usando uma camiseta que dizia apenas
“Salmo 91”. Aplaudido pelos presentes, disse diante dos microfones da
imprensa “Aleluia, Deus é demais. Deus é incrível, preciso dar glórias a
Ele porque me permitiu chegar ate aqui”.
Com informações Christian Post e CNN.
por
Jarbas Aragão
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