A
reunião de hoje, 27 de março, da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados foi marcada por novos tumultos e
demonstrações de impaciência por parte de seu presidente, o pastor e
deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
Enquanto um parlamentar falava sobre a situação dos torcedores
corintianos na Bolívia, um manifestante passou a gritar acusando
Feliciano de racismo.
Nesse momento, o pastor determinou que a segurança
intervisse: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou
de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”, ordenou.
A segurança da casa levou o rapaz que foi identificado como Marcelo
Régis Pereira para a Delegacia da Polícia Legislativa, enquanto os
demais manifestantes gritavam palavras de ordem: “Não respeita negros,
não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar
não”, diziam.
Nesse momento, Marco Feliciano suspendeu a sessão da CDHM e transferiu a reunião para outra sala, onde apenas 20 manifestantes contrários a ele e outros 20 favoráveis tinham acesso à sala, através de uma senha distribuída pelos seguranças.
Clemência para brasileiros condenados na Indonésia
Mais cedo, o deputado Marco Feliciano visitou a Embaixada da Indonésia para conversar com o representante do governo indonésio sobre a situação de brasileiros presos no país e que teriam sido condenados à morte, com a execução da sentença prevista para 2014.
Na saída, questionado sobre a situação da CDHM, Marco Feliciano voltou a demonstrar irritação e criticou a forma como a imprensa vem divulgando os fatos: “Não falo mais nada. Vocês [jornalistas] estão ultrapassando o meu limite de espaço. Eu estou aqui para um assunto sério e vocês estão de brincadeira”, reclamou o deputado.
Feliciano negou que houvesse crise na Comissão de Direitos Humanos: “A comissão não está em crise, quem está em crise são vocês. Falando besteira e falando coisas que não existem. Já fizemos duas sessões e na primeira votamos a rodada da pauta, a segunda foi impedida por causa do tempo, hoje tem a terceira sessão. Não sei se será (aberta ou fechada)”, afirmou, antes de reiterar sua postura de não sair do cargo: “Não vou renunciar de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado ponto final, que insistência. Vocês não têm outro assunto pra falar, não?”, questionou.
Por Tiago Chagas,
Fique bem Informado...
Deixe seu comentário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário