Pastor Silas Malafaia ensina que o casal, mesmo em caso de traição, precisa lutar para permanecer juntos.
A
coluna “Pastor Malafaia responde”, do site Verdade Gospel, abordou o
assunto do divórcio explicando quais os casos onde a separação do casal é
permitida de acordo com a Bíblia.
Malafaia escreve respondendo a
pergunta de um internauta que questionou se na Lei de Moisés o divórcio
era ou não permitido. “Não havendo infidelidade, o divórcio é ilegítimo,
pois não põe fim ao vínculo do casamento”, disse.
“De acordo com a
Bíblia, para Deus, o ideal é que não haja traição e que, havendo, o
perdão seja liberado. Mas, por causa da dureza do coração do homem
(Mateus 19.8), da sua incapacidade de perdoar, o traído pode
divorciar-se e casar-se de novo.”
O pastor presidente da
Assembleia de Deus Vitória em Cristo deixa claro que o problema entre
marido e mulher precisa ser resolvido, e que, para isso, deve haver
esforço de ambas as partes para que o divórcio não aconteça.
“O divórcio deve ser empregado apenas em última instância”, ensina Silas Malafaia.
O
texto também fala que não há base bíblica para impedir que o divorciado
se case novamente. Nem mesmo o texto de Romanos 7. 1 a 3 diz sobre
isso. O contexto [do texto de Romanos] não permite tal entendimento. “O
objetivo do apóstolo Paulo era mostrar, especificamente aos judeus, a
diferença entre a antiga e a nova aliança.”
Leia:
O
padrão divino para o casamento é, segundo as palavras de Jesus, que
seja indissolúvel (Marcos 10.9). Mas há uma larga diferença entre o
ideal e o real. Logo, conhecendo a dureza do coração humano e seus
problemas de relacionamento, Deus permitiu exceções ao Seu projeto
inicial, especialmente em casos de violência doméstica, abusos
emocionais e sexuais e casos contumazes de adultério.
Quando
foi indagado a respeito de o divórcio ser ou não permitido segundo a
Lei mosaica, Jesus explicou: Moisés, por causa da dureza do vosso
coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi
assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não
sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o
que casar com a repudiada também comete adultério. Mateus 19.8,9
Não
havendo infidelidade, o divórcio é ilegítimo, pois não põe ¬ m ao
vínculo do casamento. Mas, o mesmo não se pode dizer quando o motivo é o
adultério. No caso de simples repúdio por motivo fútil, o divórcio é
ilegítimo aos olhos de Deus.
De acordo com a Bíblia, para
Deus, o ideal é que não haja traição e que, havendo, o perdão seja
liberado. Mas, por causa da dureza do coração do homem (Mateus 19.8), da
sua incapacidade de perdoar, o traído pode divorciar-se e casar-se de
novo.
Entretanto, isso não significa que o divórcio deva
acontecer automaticamente quando o cônjuge comete adultério. Aqueles que
descobrem que seu parceiro foi infiel devem primeiro fazer todo o
esforço para perdoar, reconciliar-se e restaurar o relacionamento.
O
divórcio deve ser empregado apenas em última instância, quando o
adúltero não demonstrar arrependimento genuíno repetindo esse ato vil
que abala a confiança do cônjuge, machuca-o e desestrutura o vínculo
conjugal.
Algumas pessoas empregam Romanos 7.1-3 para
respaldar uma posição contrária a um novo casamento em qualquer
hipótese. Afirmam que o que traiu e o que foi traído estão ligados até a
morte. O contexto não permite tal entendimento. O objetivo do apóstolo
Paulo era mostrar, especificamente aos judeus, a diferença entre a
antiga e a nova aliança.
Utilizar esse texto para
condenar o divórcio em qualquer hipótese é ser mais duro do que Jesus. É
obrigar a pessoa a conviver com o outro sem jamais poder divorciar-se,
ainda que seja traída ou agredida repetida e continuamente.
Se
a nova aliança condenasse alguém a esse tipo de jugo, não se faria
superior em nada à antiga, já que a Lei mosaica, nesse sentido, seria
mais humana, tolerante e justa. Os judeus não tinham o casamento como
indissolúvel. Eles conheciam as exceções. Jesus as interpretou de forma
mais eficaz e restrita.
SUGESTÕES DE LEITURA:
Marcos 10.1-12; Lucas 16.18; Romanos 7.3
por Leiliane Roberta Lopes
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