O homem mais
importante na hierarquia da Igreja Católica na Grã-Bretanha, o cardeal
Keith O'Brien, apresentou seu pedido de renúncia nesta segunda-feira
depois de ter seu nome envolvido no centro de um escândalo ocorrido há
três décadas.
O'Brien, de
74 anos, deixa o cargo de chefe da Santa Sé na Escócia e não deve viajar
ao Vaticano para participar do conclave que escolherá o novo papa.
O clérigo,
que previa se aposentar no final do mês que vem, quando completa 75
anos, é acusado por três padres e um ex-sacerdote de ter se 'comportado
de maneira inapropriada' nos anos 80.
As quatro testemunhas alegam terem sido vítimas de assédio sexual.
A denúncia foi trazida à tona neste fim de semana pelo jornal inglês The Observer.
Em
entrevista ao diário, o ex-sacerdote relatou que O'Brien se aproveitava
das orações noturnas para manter 'contatos inapropriados'.
Ele contou
que o episódio ocorreu quando ainda era seminarista e acrescentou que
decidiu abandonar o sacerdócio e se casar quando o clérigo se tornou
bispo.
"Eu sabia
que ele teria poder sobre mim. Para a Igreja, eu larguei a batina para
me casar. Não foi por isso. Eu saí para preservar a minha integridade."
O'Brien negou todas as acusações.
O objetivo da denúncia, segundo as testemunhas, seria impedir O'Brien de participar do conclave papal.
Segundo
analistas, as revelações aumentam a pressão sobre a Igreja Católica, que
já vinha enfrentando acusações de corrupção, má administração e
pedofilia.
Fonte: BBC Brasil
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