terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Reverendo contesta reportagem da Veja sobre a profissão de pastor


Reverendo contesta reportagem da Veja sobre a profissão de pastor
Ele cita todos os passos necessários para se tornar um pastor em sua denominação e deixa claro que os salários não são tão altos quanto os descritos na revista
Reverendo contesta reportagem da Veja sobre a profissão de pastor
O reverendo Mauro Meister da Igreja Presbiteriana da Barra Funda, em São Paulo, resolveu contestar em seu blog a reportagem da revista Veja São Paulo desta semana que mostra o ministério de pastor como uma profissão com altos salários.
A reportagem foi feita durante a Escola de Líderes da Associação Vitória em Cristo (Eslavec) presidida por Silas Malafaia. Durante quatro dias milhares de pessoas ouviram ministrações referentes a formação de um líder espiritual.
A mesma revista ainda citou que na Assembleia de Deus Vitória em Cristo os pastores recebem salários entre R$4 mil e R$22 mil, além de benefícios como moradia e escola para crianças.
Meister acredita que a publicação da editora Abril foi generalista, pois não são todas as denominações evangélicas que oferecem tanta facilidade para que uma pessoa se torne pastor.
“Veja mostra mais uma vez parcialidade ao trazer a informação ao público, selecionando de forma maliciosa o que diz e dando um quadro falso a respeito da verdade como um todo”, escreveu o reverendo.
“Além das igrejas mencionadas, existem muitas outras, sérias e comprometidas com a formação acadêmica e pastoral dos seus ministros e que não fizeram e nem fazem do pastorado uma profissão.”
Para provar que na Igreja Presbiteriana não é fácil se tornar um pastor, Meister relata todas as etapas necessárias para a ordenação pastoral, a começar pelo tempo de membro, passando por uma série de cursos que duram até 2 anos para se tornar presbítero, passando por outros cursos de até 5 anos de duração para poder se formar como bacharel em teologia.
“Durante o período de candidatura é designado um tutor ao candidato que deve se assegurar dos aspectos diversos da vida espiritual, emocional e os estudos do candidato, vendo para que mantenha um padrão digno do Evangelho de Cristo.”
Além da parte de formação, os aspirantes ao pastorado também passam por testes físicos e psicológicos. “Este processo todo tem como finalidade testar se aquele que se apresenta como candidato ao ministério pastoral preenche os requisitos bíblicos para ser pastor, como os descritos em 2 Timóteo 3″, explica o reverendo.
No final do texto Mauro Meister deixa claro que os salários da Igreja Presbiteriana não são tão altos como os oferecidos pela ADVEC.
Leia os passos necessários para se tornar pastor presbiteriano.
1. precisa ser membro de uma igreja local há no mínimo 3 anos.
2. precisa se apresentar diante do conselho da igreja e ser reconhecido por este como
alguém vocacionado.
3. o conselho da igreja local deve testar este que aspira ao ministério pastoral. É costume da minha igreja local enviar este jovem para um instituto bíblico antes de enviar ao seminário (1 a 2 anos).
4. se aprovado, é enviado ao presbitério, que o examina teologicamente e exige exames e atestados físicos e psicológicos. Chega como aspirante e, caso aprovado, torna-se candidato ao ministério.
5. o presbitério deve enviá-lo a um seminário da denominação para um curso teológico que
dura entre 4 e 5 anos (matutino ou noturno) no qual deve aprender, entre dezenas de disciplinas, as línguas hebraica e grega (as línguas originais em que o Antigo e Novo Testamentos foram majoritariamente escritos). A entrada é feita por uma espécie de vestibular que testa a capacidade intelectual e o conhecimento geral do candidato.
6. durante o período de candidatura é designado um tutor ao candidato que deve se assegurar dos aspectos diversos da vida espiritual, emocional e os estudos do candidato, vendo para que mantenha um padrão digno do Evangelho de Cristo.
7. depois do curso teológico o candidato apresenta-se ao presbitério com seu diploma de Bacharel em Teologia e deve fazer uma série de exames diante do presbitério (orais e escritos).
8. se aprovado o presbitério pode licenciar este candidato para a obra pastoral, ainda em um período de experiência que pode durar de um a dois anos.
9. o licenciado, depois deste período é novamente examinado pelo presbitério e então pode ser ordenado pastor.
por Leiliane Roberta Lopes
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